Como palhaço
Teca Miranda
Coloca sua máscara para sobreviver.
Sorri, chora, fica brava, faz pirraça.
Desnorteada sente que vai enlouquecer
e como palhaço acha graça da desgraça.
No picadeiro da vida faz malabarismo,
mágica e se arrisca no globo da morte.
Sofre inquieta sem entender o absolutismo,
o desmando de gente que se acha forte.
Parem com esse falso espetáculo,
deixem que a máscara do palhaço caia,
que consiga atingir seu pináculo
mesmo que só consiga vaia.O Palhaço Chorou
Schyrlei Pinheiro
Hoje tem espetáculo?
O poeta palhaço
veio nos homenagear;
deu mil cambalhotas
jogou letras no ar,
trepou no trapézio,
andou sobre as linhas,
fingindo se equilibrar
na mentira, que sabia
como a platéia enganar.
Hoje tem espetáculo ?
e o palhaço, quem é?
Um poeta?
Não! é um trapalhão;
sua alegria é dançar no salão.
Sorria palhaço !
Acabou sua apresentação.
Hoje tem espetáculo,
hoje tem alegria;
está entrando em cena
a verdadeira poesia !
Teca Miranda
Coloca sua máscara para sobreviver.
Sorri, chora, fica brava, faz pirraça.
Desnorteada sente que vai enlouquecer
e como palhaço acha graça da desgraça.
No picadeiro da vida faz malabarismo,
mágica e se arrisca no globo da morte.
Sofre inquieta sem entender o absolutismo,
o desmando de gente que se acha forte.
Parem com esse falso espetáculo,
deixem que a máscara do palhaço caia,
que consiga atingir seu pináculo
mesmo que só consiga vaia.O Palhaço Chorou
Schyrlei Pinheiro
Hoje tem espetáculo?
O poeta palhaço
veio nos homenagear;
deu mil cambalhotas
jogou letras no ar,
trepou no trapézio,
andou sobre as linhas,
fingindo se equilibrar
na mentira, que sabia
como a platéia enganar.
Hoje tem espetáculo ?
e o palhaço, quem é?
Um poeta?
Não! é um trapalhão;
sua alegria é dançar no salão.
Sorria palhaço !
Acabou sua apresentação.
Hoje tem espetáculo,
hoje tem alegria;
está entrando em cena
a verdadeira poesia !
PALHAÇO
Terê Penhabe
Sou palhaço, de fazer rir me orgulho
entre eu e o mundo existe um muro
a minha alma em versos distribuo
do meu tesouro inteiro eu me desfaço
.
Enfeito o meu rosto com uma lágrima
que cobre a verdadeira, que é salgada
igual ao mar, que eu amo tanto
e quiçá, seja feito do meu pranto.
Num rosto amigo meu olhar passeia
perguntando se por mim anseia
porque nada além do riso eu posso dar
meu coração não aprendeu a amar.
E sozinha no meu quarto encaro o espelho
tentando descobrir meu próprio anseio
um sonho que escapou, quem sabe um dia
quando eu os tinha ainda e acalentava.
Mas nada encontro e o riso se desfaz
a lágrima se oculta, seca, ineficaz
vou pela vida buscando um amanhã
que mesmo vazio, me traga a paz.
E enquanto isso, meu riso continua
meio torto, indelicado, mal feito
mas é a oferta que tenho, e é tua.
É fácil nele crer, se você crê na lua...
Poeta de Cara Pintada
Marilena Ferioli Basso
Quantas vezes é preciso
pintar a cara, igual a do
"Palhacinho de Circo",
do bom tempo de criança...
Algumas vezes sob a pintura
ela esconde uma grande alegria,
que para ser colocada para fora
é necessário um lápis e
uma folha de papel para que
em versos fique eternizada...
Outras vezes a máscara
esconde uma tristeza
tão grande e profunda,
que as lagrimas escorrem
pela face borrando a maquiagem.
Mais uma vez o poeta
sai atrás de seus apetrechos,
e de soluços em soluços,
vai registrando seu
estado de alma.
Quando lava o rosto,
torna-se imune às sensações,
covardemente esconde
seus sentimentos,
e não os deixa registrados...
Pobre poeta !!!
Marilena Ferioli Basso
Quantas vezes é preciso
pintar a cara, igual a do
"Palhacinho de Circo",
do bom tempo de criança...
Algumas vezes sob a pintura
ela esconde uma grande alegria,
que para ser colocada para fora
é necessário um lápis e
uma folha de papel para que
em versos fique eternizada...
Outras vezes a máscara
esconde uma tristeza
tão grande e profunda,
que as lagrimas escorrem
pela face borrando a maquiagem.
Mais uma vez o poeta
sai atrás de seus apetrechos,
e de soluços em soluços,
vai registrando seu
estado de alma.
Quando lava o rosto,
torna-se imune às sensações,
covardemente esconde
seus sentimentos,
e não os deixa registrados...
Pobre poeta !!!
Ria palhaço!
Ergue os braços,
alcança o céu
do amor e da alegria;
distribui ao mundo parte de tua euforia
para secar as lágrimas desconsoladas,
que escorregam de nossas faces lavadas
pelo rio do desencanto e da agonia.
canta palhaço!
Espalha o teu eco no mormaço,
joga tua voz rouca nos picadeiros do mundo,
com o som de todos os vagabundos
que esperneiam diante da solidão.
Brinca palhaço!
pula em estilhaço,
envolve o humor do teu lado são,
disseminando esperanças desmedidas
no âmago das cidades reprimidas
pela covarde falta de opção.
Chora palhaço!
verte teu cansaço...
Molha com tuas lágrimas a dor;
esquece tuas mágoas, teu mal de amor.
Chora pra aliviar teu amargor,
mas, vê se não borras a maquiagem
o espetáculo continua, e tua imagem
tem que estar em perfeito resplendor.
Alma de Palhaço
faffi (Silvia Giovatto)
Abrem-se as cortinas, atenção!
Vai começar o espetáculo..
.Lá vem o palhaço!
fazendo palhaçada, dando piruetas
batendo palmas sem parar...
O que será que ele está aplaudindo,
se deixou em casa um filho doente,
uma mesa vazia
um fogão apagado
uma mulher cheia de mágoas?
Pobre palhaço!
carregando um coração destroçado
ele domina o picadeiro pra ganhar o seu pão
Que alma linda tem o palhaço!
Esquece seus problemas e aplaude a multidão,
que nem imagina, que atrás daquela cara pintada
tem um homem que não pode chorar,
pra não borrar sua ilusão.
O palhaço
Mara Figueredo
Mara Figueredo
Pintei meu rosto para sobreviver e esconder as tristezas porque passei.
Pintei meu rosto porque sou um palhaço, que neste palco, estando feliz ou não, jamais demonstra a tristeza que traz no coração
Pintei o meu rosto para esconder as lágrimas que já derramei.
Pintei meu rosto para encontrar força para continuar a vida.
Pintei meu rosto para viver a ilusão de ter um amor verdadeiro
Pintei meu rosto porque a maior das minhas emoções é fazer brotar em seus lábios, um sorriso de alegria.
Pintei meu rosto para apagar as mágoas e as cicatrizes do passado.
Pintei meu rosto para não deixar transparecer nele a certeza de um amor não correspondido.
Pintei meu rosto porque neste circo da vida eu sou apenas um 'palhaço' que quer roubar seu coração.
Palhaço
Jose Carlos de Avelar
Respeitável publico..
.
Agora apresentamos para vocês
Piripiripiri - O Palhaço Zeka
com seu nariz de peteka!!!
E com o mais largo dos sorrisos,
nesse palco das vidas, passo a passo
vou entrando, colorido travestido
da mais pura pueril cara de palhaço
Mas... não pense o desavisado leitor
que ser palhaço é se despir de valor
Tocam as musicas alegres e a orquestra
que nas vidas nem só de dó fazem as notas
ao som da música e dal´gazarra de crianças
o palhaço Zeka se desmancha em cambalhotas
As crianças com seus saquinhos de pipoca
vendo as estripulias do palhaço faz a farra
inundando de alegria o circo das vidas
e aumentando ainda mais a algazarra
Mas... o publico que sorri assim de montão,
não desconfia se ri ou chora - do palhaço o coração
Jose Carlos de Avelar
Respeitável publico..
.
Agora apresentamos para vocês
Piripiripiri - O Palhaço Zeka
com seu nariz de peteka!!!
E com o mais largo dos sorrisos,
nesse palco das vidas, passo a passo
vou entrando, colorido travestido
da mais pura pueril cara de palhaço
Mas... não pense o desavisado leitor
que ser palhaço é se despir de valor
Tocam as musicas alegres e a orquestra
que nas vidas nem só de dó fazem as notas
ao som da música e dal´gazarra de crianças
o palhaço Zeka se desmancha em cambalhotas
As crianças com seus saquinhos de pipoca
vendo as estripulias do palhaço faz a farra
inundando de alegria o circo das vidas
e aumentando ainda mais a algazarra
Mas... o publico que sorri assim de montão,
não desconfia se ri ou chora - do palhaço o coração
POETA PALHAÇO
Lauro Kisielewicz
No meu dia a dia
assim como no de todos nós
mergulhado em dívidas
que ninguém quer dividir..
vendo a miséria de muitos,
pois poucos recusam repartir
o muito que lhes sobra e apodrece...
Ninguém merece!
É muita dificuldade,
para chegar na faculdade,
pode-se passar na frente,
morrer como indigente
para ter o corpo examinado
na faculdade de medicina,
ou mendigar alí na esquina,
escancarando boca de um dente só
em um sorriso de fazer dó
no meio da face coberta de pó
e o povo ainda rí
rí dos outros,
rí de tudo,
rí de sí mesmo...
vivendo a esmo.
resistindo a tudo
achando graça da fome
revirando lixo fedorento
em busca de "nova" indumentária
ou mesmo de seu sustento
sem que a Vigilância Sanitária
atente para esses momentos...
É preciso ser de aço
quem sabe, um poeta palhaço
para rir da própria desgraça
de vida dura que passa
a cada dia, a cada passo,
sem desistir de encarar
um novo dia, cópia do anterior,
sem teto, sem alimento, sem amor.
..
só mesmo sendo de aço...
ou quem sabe... um poeta palhaço...
Lauro Kisielewicz
No meu dia a dia
assim como no de todos nós
mergulhado em dívidas
que ninguém quer dividir..
vendo a miséria de muitos,
pois poucos recusam repartir
o muito que lhes sobra e apodrece...
Ninguém merece!
É muita dificuldade,
para chegar na faculdade,
pode-se passar na frente,
morrer como indigente
para ter o corpo examinado
na faculdade de medicina,
ou mendigar alí na esquina,
escancarando boca de um dente só
em um sorriso de fazer dó
no meio da face coberta de pó
e o povo ainda rí
rí dos outros,
rí de tudo,
rí de sí mesmo...
vivendo a esmo.
resistindo a tudo
achando graça da fome
revirando lixo fedorento
em busca de "nova" indumentária
ou mesmo de seu sustento
sem que a Vigilância Sanitária
atente para esses momentos...
É preciso ser de aço
quem sabe, um poeta palhaço
para rir da própria desgraça
de vida dura que passa
a cada dia, a cada passo,
sem desistir de encarar
um novo dia, cópia do anterior,
sem teto, sem alimento, sem amor.
..
só mesmo sendo de aço...
ou quem sabe... um poeta palhaço...
Nenhum comentário:
Postar um comentário