quarta-feira, março 23, 2011

E EU? ONDE É QUE MORO?

Moro na transversal do tempo, na esquina do mundo,

Olhando a intergaláctica possibilidade de delirar...

Sonhando com direitos, delírios e delicias em atuar

No comedido espaço de respirar...

Moro no coração dos libertários que sonham em revolucionar..

Na ponte entre o ser e o ter que atuar

Lutando ate o dia do motim daqueles que olham sem coragem de gritar,

Só ouvindo os cães ladrarem e olhando a caravana passar...

Moro no lugar onde muro e quintal não tem fronteiras...

Onde telhado não há e o céu é o limite,

Onde o grito atinge o infinito;

Onde as pessoas vivem para amar...

Moro onde sou caçador de mim em busca de

ser o pensamento de existir para mudar...

Moro onde se sente sem se ver;

Onde se é o São Jorge do seu próprio Dragão,

Onde há liberdade da prisão do seu próprio jardim...

Onde ser incendiário das paixões não é ser o bombeiro das possibilidades...

Moro na praia ou no campo, no alto ou no baixo, na curva ou na reta...

Moro onde se jogam flores para quem não venceu, tentou e chorou...

Chorou, não pela frustração de ter perdido a disputa,

mas pela felicidade de ter participado dela...

Moro onde somos mais que humano,

onde ser simples e ser chic;

Onde ser/estar não é uma tese filosófica,

mas sim uma pratica do ser no tempo e no espaço

entre a construção e a desconstrução entre o tudo e o nada.

Moro onde não mora ninguém e todos tem um só sonho:

o de brilhar enquanto luz, sabendo que movimento é vida,

onde o círculo e as espirais são a própria essência da vida e do holismo....

Moro onde se descartam as retas,

sem tolas preocupações com começo, meio ou fim,

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